Bridging Dance and Health in Brazil II: Raising Awareness
Author: Clara Fischer Gam
This is the 2nd installation of a post series about the opportunities and challenges of Dance and Health in Brazil - taking the perspective of our fellow Brazilian IADMS members. In a previous post we started delving into the sector of Dance Medicine and Science in this country, a field still in its infancy. Today I am bringing to you a byte-sized overview of our current issues and aspirations to reach information accessibility and community engagement in Brazil.
One of the main challenges we face nowadays is access to information on Dance and Health to the Brazilian community. Accessibility is key not only for enabling the daily use of dancers, dance teachers and choreographers at their work settings but also for raising awareness of the larger community about the needs of this sector.
“There is a lot of room for improvement on information accessibility in Brazil”, attests Dr. Aline Haas, IADMS member and Dance Professor at UFRGS, South Brazil. Flora Pitta, also one of our members, who is a performing dancer and physiotherapist in the city of São Paulo shares the same opinion: “Apparently, institutions such as the Dancers’ Labour Union do not hold any booklets about dance injuries and prevention. Unfortunately, there is a lack of resources about health and wellbeing”. It seems that most of our members take that as an important concern, as the majority of resources available were gathered in the Global North countries and are mainly written in English.
Considering that the implementation of public policies regarding healthy dance practice have become a hot topic within the dance sector in this country, research-based information on aspects of dance training and performance could play an important part in this process. It is worth noting that dance was only recently added to the political agenda in Brazil. Although civil organizations have been taking action for some time, laws concerning regulation of the career in dance are still proceeding to approval. Therefore, up to date knowledge could frame and legitimate the discourse for developing such policies – possibly speeding up the process.
What about national policies that specially safeguard dancer health and wellbeing? I wonder how far we are from establishing initiatives that could be applied nationally, such as into the Brazilian Health System (SUS). “Currently, projects of this kind come either from private institutions or from an individual’s initiative”, attests our IADMS member, Professor Claudia Daronch from UFRGS, South Brazil. “However, the fact that we are about to legally regulate the dance profession represents the first step for addressing dancer’s health in the political realm”. Another IADMS member, Dr. Adriano Bittar, physiotherapist at Quasar Dance Company and Professor at UEG in the Midwest lands agrees with that statement: “It definitely opens up the space for creating health related policies tailored to this professional.” He has been taking part in the debates at the Forum Nacional de Dança, a civil association that plays an important role in advocating for dance, “I am hoping to bring this topic to the table soon”.
At the present moment, it is worth questioning ourselves with regards to how we could help inform the Brazilian dance community and serve its various needs. “To encourage public policies it would be important to have larger studies with nationwide samples that could show a more comprehensive perspective about Dance and Health in Brazil”, says member Dr. Bittar. Barbara Pessali Marques, Brazilian member, founder of the Bastidores Centre for Dance Conditioning and current PhD student at Manchester Metropolitan University, claims that “We need people working on research dissemination and accessibility for the dance professionals. This is certainly something I am pursuing with my work”.
It is about time for the Brazilian Dance sector to have the opportunity to see itself from inside out. As Dance Medicine and Science professionals serving the art form in this country, it is part of our job - and responsibility - to share this knowledge with our community.
Watch for the next installation of “Bridging Dance and Health in Brazil”!
The Brazilian members of IADMS are:
- Adriano J. Bittar Sr
- Aline N. Haas
- Bárbara P. Marques
- Clara Fischer Gam
- Claudia Daronch
- Daisy M. Machado
- Flora M. Pitta
- Izabela L. Gavioli
- Kaanda N. Gontijo
- Marcia Leite
- Mariana G. Bahlis
Join us on our Facebook group “Dance Science Brasil”!
Clara Fischer Gam, MS
MSc Dance Science | BEd Dance | Pilates Instructor
Rio de Janeiro – Brazil
clara.figa@gmail.com
www.clarafischergam.com
Integrando Dança e Saúde no Brasil, Parte II: despertando a consciência
Esta é a segunda parte de uma série de postagens sobre as oportunidades e desafios da Dança e Saúde no Brasil, escrita a partir da perspectiva dos nossos membros brasileiros da IADMS. Em uma postagem anterior, começamos a investigar o setor de Medicina e Ciência da Dança no país, um campo ainda em desenvolvimento. Hoje, trago para vocês um pouco do quadro geral quanto aos nossos problemas e aspirações atuais na busca por acessibilidade de informação e engajamento da comunidade no Brasil.
Um dos principais desafios que enfrentamos hoje em dia é o acesso à informação sobre Dança e Saúde para a comunidade brasileira. A acessibilidade é fundamental não só para possibilitar que bailarinos, professores de dança e coreógrafos possam aplicar esse conhecimento em seus ambientes de trabalho, mas também para despertar a consciência da comunidade em geral sobre as necessidades desse setor: "Sem dúvida, tem muito trabalho a ser feito quanto à acessibilidade à informação no Brasil", afirma Dr. Aline Haas, membro da IADMS e professora de Dança da UFRGS, em Porto Alegre.
A bailarina e fisioterapeuta Flora Pitta, um de nossos membros em São Paulo, compartilha da mesma opinião: "Aparentemente, instituições como os sindicatos de Dança não possuem nenhum folheto informativo sobre prevenção de lesões. Infelizmente, há uma falta de material disponível sobre saúde e bem-estar". A maioria de nossos membros observa essa situação com preocupação, já que boa parte dos materiais disponíveis foram elaborados na Europa e nos Estados Unidos, tendo assim adotado a língua inglesa como principal idioma das publicações.
No presente momento, a implementação de políticas públicas para a regulamentação da carreira de bailarino no Brasil vem aos poucos despertando discussões em saúde dentro do setor da Dança. Nesse contexto, as evidências científicas sobre as demandas do palco e as necessidades do corpo do bailarino podem desempenhar um papel importante nesse processo. Vale a pena notar que apenas recentemente a Dança foi adicionada à agenda política brasileira. Embora as organizações civis venham militando pelos direitos do setor da Dança há um tempo considerável, as leis relativas à regulamentação da carreira ainda estão em processo de aprovação. Portanto, as informações provenientes do corpo de conhecimento atual da Ciência e Medicina da Dança poderiam ser utilizadas para legitimar e fortalecer o discurso quanto à relevância de tais políticas - possivelmente acelerando o processo de implementação.
Mas, qual é a situação atual quanto ao desenvolvimento de políticas nacionais que especificamente resguardem a saúde e bem-estar do bailarino? Eu me pergunto o quão distante estaríamos de implementar iniciativas pela saúde a nível nacional que poderiam, por exemplo, ser aplicadas no Sistema Único de Saúde (SUS): "Atualmente, projetos que rodeiam esse tema costumam vir de instituições privadas ou de iniciativas individuais", observa outro membro da IADMS, a professora Cláudia Daronch, da UFRGS. Cláudia ainda completa: "No entanto, o fato de que estamos prestes a regulamentar legalmente a profissão de Dança representa o primeiro passo para abordar a saúde do bailarino na esfera política". Dr. Adriano Bittar, membro IADMS, fisioterapeuta da Quasar Companhia de Dança e professor da UEG, em Goiânia, concorda com essa afirmação: "Definitivamente isso vai criar espaço para que sejam pensadas políticas relacionadas à saúde deste profissional." Ele tem participado dos debates do Fórum Nacional de Dança, associação civil que desempenha um papel importante na militância da Dança, e afirma: "Tenho o objetivo de trazer esse tema para discussão em breve".
Tendo em vista esse quadro atual, vale a pena nos questionarmos: como poderíamos auxiliar o processo de informar a comunidade brasileira da Dança e cobrir suas diversas necessidades? "Para incentivar a criação de políticas públicas seria importante ter estudos com amostras maiores de todo o país. Assim, teríamos uma perspectiva mais abrangente sobre a Dança e a Saúde no Brasil", diz nosso membro Dr. Bittar. Bárbara Pessali Marques, membro brasileiro, fundadora do ‘Bastidores Centro de Treinamento’ e doutoranda na Manchester Metropolitan University, afirma que: "Precisamos de pessoas trabalhando para a disseminação e acessibilidade de evidências científicas para os profissionais de Dança. Isso é certamente algo que venho buscando na minha prática".
Já é hora do setor da Dança no Brasil poder se ver de dentro para fora. Como profissionais da Ciência e Medicina da Dança a serviço da arte, é parte do nosso trabalho - e de nossa responsabilidade - compartilhar esse conhecimento com a comunidade.
Fique ligado, em breve estará no ar a próxima edição do “Integrando Dança e Saúde no Brasil”!
- Junte-se a nós no Grupo “Dance Science Brasil”!
- São membros brasileiros do IADMS:
Adriano J. Bittar Sr
Aline N. Haas
Bárbara P. Marques
Clara Fischer Gam
Claudia Daronch
Daisy M. Machado
Flora M. Pitta
Izabela L. Gavioli
Kaanda N. Gontijo
Marcia Leite
Mariana G. Bahlis
Clara Fischer Gam, Mestre Ciência da Dança
Licenciada em Dança
Administradora do grupo Dance Science Brasil
Co-fundadora do Corpos Aptos, Gestos Livres
Rio de Janeiro – Brazil
clara.figa@gmail.com
www.clarafischergam.com